Tendo como critério a posição física dos continentes no que se refere às suas respectivas latitudes e respeitando, ainda, as divisões político-nacionais, a América é dividida em América do Norte, Central e do Sul.
A América do Norte é composta por Estados Unidos, Canadá e México.
A América Central é formada por Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Cuba, Dominica, República Dominicana, Granada, Haiti, Jamaica, Santa Lúcia, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Trinidad e Tobago.
Já da América do Sul fazem parte: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Chile, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname.
Além da posição latitudinal, nota-se também a configuração dos formatos do continente americano, notadamente marcado por duas grandes porções de terras ligadas por outra parte menor. Além disso, nessa divisão, cada parte encontra-se sobre uma placa tectônica distinta.
divisao politica
Existem inúmeras maneiras de se processar a regionalização de um continente. No caso da América costumeiramente se toma por base dois critérios distintos. O primeiro deles refere-se aos aspectos físico-geográficos, onde o continente se apresenta assim dividido:
• América do Norte – Canadá, Estados Unidos e México; América Central – parte continental: Belize, Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica e Panamá. E parte insular: Cuba, Haiti, República Dominicana, Jamaica, Porto Rico, além das Pequenas Antilhas e as Bahamas;
• América do Sul – Venezuela, Colômbia, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia, Brasil, Paraguai, Chile, Argentina e Uruguai.
O segundo critério, que será o adotado por nós, parte do ponto de vista da ocupação humana, e leva em conta aspectos histórico-culturais, resultando na seguinte divisão:
• América Anglo-Saxônica – Canadá e Estados Unidos;
• América Latina – México, América Central e América do Sul.
A América Anglo-saxônica ocupa pouco mais de 19 milhões de quilômetros quadrados. Essa imensa massa continental se alonga desde o Trópico de Câncer para muito além do Círculo Polar Ártico, sendo banhada pelos oceanos Pacífico e Atlântico. Sua população é em grande maioria descendentes de povos anglo-saxão – nas chamadas colônias de povoamento. Ela opõe-se à América Latina tanto nas características linguístico-culturais e formas da colonização como em nível de desenvolvimento socioeconômico. Essas colônias de povoamento ocuparam originalmente a costa leste dos atuais Estados Unidos e o vale do rio São Lourenço, no Canadá. Suas singularidades iniciais foram:
Imigrantes formados por grupos familiares de religião protestante, que fugindo das perseguições religiosas ou crises econômicas em seus países de origem, se fixaram na terra para recomeçar uma vida nova;
A exploração da terra ocorreu em pequenas e médias propriedades, baseado na agricultura familiar;
Desde o início, o mercado interno e externo era o destino da produção econômica. Essas colônias não serviam aos interesses da “metrópole”, isto é, não se prestavam ao “pacto colonial“;
A natureza do capitalismo liberal implantando nas colônias estimulou a produção artesanal e a indústria doméstica, cujos objetivos eram garantir a autonomia da colônia em relação aos bens manufaturados importados da metrópole, bem como competir com ela no comércio externo;
Diante dos choques de interesses ocorreu uma precoce ruptura dos laços coloniais (EUA, 1776).
A América Latina é composta pelo México, América Central e América do Sul. Área ocupada predominantemente por portugueses e espanhóis nas denominadas colônias de exploração, onde todo o processo de povoamento esteve inserido na lógica do “Pacto Colonial“. A América Latina apresenta algumas características que a diferem da Anglo-saxônica. Dentre elas pode se destacar a predominância das línguas espanhola e portuguesa como mais faladas, do catolicismo como a religião de maior adeptos, o modo de exploração predatória que atrasou o desenvolvimento além de ter dizimado populações indígenas (nativos) e explorado de maneira desumana os negros africanos – embora isso não tenha sido exclusividade da América Latina -, esse modelo de exploração teve como características principais:
Exploração econômica dirigida aos interesses da metrópole;
Proibição por parte das metrópoles à instalação de atividades artesanais e “industriais” nas colônias, a fim de assegurar às mesmas o monopólio no
fornecimento de produtos manufaturados evitando inclusive a concorrência comercial;
Emprego de mão-de-obra escrava. Primeiro a indígena, posteriormente a de negros africanos;
Elemento colonizador sem interesse de fixação na terra, mas tão somente na exploração e acúmulo de fortuna;
Predomínio de grandes propriedades agrícolas e introdução do regime de Plantation.
O resultado é que até hoje muitos países vivem em estruturas primitivas, sobrevivendo de atividades agrárias em regime de subsistência e participando do comércio mundial apenas com produtos primários agrícolas e minerais. Esse tipo de colonização, mercantilista e exploradora, deixou profundas marcas na sociedade latino-americana. Algumas delas permanecem até os dias atuais, veja alguns exemplos:
Utilização dos melhores solos agrícolas para cultivo de produtos de exportação; Concentração da população junto do litoral, dos portos que davam acesso às metrópoles e que hoje dão acesso aos mercados norte-americano, japonês e europeu;
A pauta de exportação dos países latino-americanos baseia-se em produtos primários: café, cana-de-açúcar, soja, algodão, cítricos, banana, minério deferro, bauxita, petróleo etc.;
Presença de latifúndios que na maioria muitas vezes são mal utilizados.